Nísia Verônica Trindade Lima, presidente da fundação, afirmou que toda a produção tem como destino exclusivo o Ministério da Saúde





O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) solicitaram à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que reservasse uma quantidade de vacinas produzidas pela instituição em parceria com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca para os seus ministros, servidores e colaboradores. A Fiocruz negou hoje (23) o pedido do STJ.

O STF pretende, a partir do pedido, guardar doses para os seus sete mil funcionários. Essa possibilidade, porém, é improvável, pois na resposta da Fiocruz ao STJ, a presidente da fundação, Nísia Verônica Trindade Lima, afirmou que toda a produção tem como destino exclusivo o Ministério da Saúde.

Ainda de acordo com o documento assinado por Nísia, “a Fiocruz não possui autonomia nem mesmo para dedicar parte da produção da vacina para a imunização de seus servidores e colaboradores” e que não é responsabilidade da fundação “atender a qualquer demanda específica”.

De acordo com informações obtidas pelo Estadão, o diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho, pediu as doses para além do tribunal, para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para fazer a sua própria campanha de vacinação, ele utiliza a justificativa de poder, dessa maneira, “contribuir com o País nesse momento tão crítico da nossa História” e acelerar a imunização.