Os dados mostram ainda que o medo da intolerância política afeta mais os jovens de menor renda
Pesquisa realizada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) revelou que o combate à fome e a pobreza, geração de empregos e preservação do meio ambiente são os valores sociais considerados mais importantes pelos jovens e poderão estar entre os principais fatores para definição do voto dos jovens nas eleições presidenciais de 2022.
O estudo, encomendado pelo movimento cívico global Avaaz e pela Fundação Tide Setubal, retrata como os jovens entre 16 e 34 anos de idade percebem a política nacional e ao solicitar aos entrevistados que indicassem qual valor social era o mais importante para eles, e o resulto foi:
– 33% citaram o combate à fome e à pobreza como primordiais
– Para 16%, um país com economia forte e que gere empregos;
– Além disso, um número maior de jovens valoriza mais a preservação da Amazônia e do meio ambiente (14%) do que o acesso à educação e à saúde (ambos com 3% das menções) e o combate à corrupção (7%), por exemplo.
“O que essa pesquisa nos mostra é que este governo falhou com os jovens: não há comida na mesa de suas famílias, eles não têm lugar no mercado de trabalho e seu futuro está sendo ameaçado pela destruição ambiental. Os candidatos precisam ter propostas para melhorar esses aspectos concretos de suas vidas se quiserem conquistar seus mais de 58 milhões de votos. Eles estão famintos por soluções reais e um debate político saudável, mas, em vez disso, estamos servindo a eles um prato de discussões podres e polarização intolerante.”, diz Nana Queiroz, responsável sênior de campanhas na Avaaz.
Medo de represálias
A pesquisa também revela que 20% de nossos jovens desconhecem o que é o Congresso ou o Supremo Tribunal Federal, por exemplo. Mas eles também não se sentem encorajados a fazer perguntas ou a discutir política: 80% consideram que o debate político é agressivo e intolerante e 59% não falam sobre política nas mídias sociais por medo de serem julgados, cancelados ou tratados de forma agressiva.
Os dados mostram ainda que o medo da intolerância política afeta mais os jovens de menor renda: 7 em cada 10 jovens entre as famílias com renda familiar de até 1 salário-mínimo não participam das discussões sobre política nas redes sociais por medo.(bahia.ba)
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