Os vereadores Paulo Tatu e Rubinho do Kênio disseram que pretendem disputar a presidência da Câmara Legislativa de Paulo Afonso para o mandato do segundo biênio. Não há nenhuma lei que os impeça, isto é uma verdade absoluta; como também é absoluta a verdade que os vereadores Paulo Tatu e Rubinho não possuem o mínimo de preparo para exercer tal função.

Os leitores mais atentos poderiam dizer que Zé de Abel, atual presidente da Câmara, também não possui qualquer preparo. E eu responderia: esta também é uma verdade absoluta. É exatamente esse o X da questão; a substituição de seis por meia dúzia.

Os três os vereadores são demasiadamente despreparados, assim como a maioria de seus colegas parlamentares. Tanto Zé de Abel quanto Paulo Tatu e Rubinho mal sabem ler; tropeçam nas palavras, gaguejam e cometem excessivos erros de prosódia. Não quero aqui, marcar posições letradas e “corretas”, mas apenas e tão somente alertar a população sobre a manutenção hegemônica de a um conservadorismo arcaico, improdutivo e iletrado apartado das bases históricas da Câmara Municipal de Paulo Afonso.

Sinto vergonha alheia quando muitos dos nossos vereadores se reúnem com autoridades políticas, militares ou civis. Há, na maioria dos nossos parlamentares, uma clara deficiência cognitiva que os impede de se expressarem e que os fazem assassinar a língua portuguesa. Com isto, não quero dizer que os nobres vereadores encarnem o espírito de Rui Barbosa e passem a dominar a gramática, mas que tenham o mínimo de zelo por ela.

O presidente da Câmara e os dois vereadores que pleiteiam a presidência são um convite ao que há de mais rudimentar no mundo legislativo; são verdadeiros protótipos de um Câmara improdutiva, desalinhada com a democracia e com debates de baixo nível e que, por tudo isso, perdeu o consenso municipal.