A roleta eleitoral de Paulo Afonso gira, gira e sempre para na política maniqueísta dos deuses. A oligarquia instaurada no município desde 1989 já teve como protagonista o arrivista Paulo Barbosa de Deus que agora quer voltar. Em seu segundo mandato como prefeito, inebriado pela volúpia do poder, afastou-se do cargo para disputar mais uma eleição executiva, desta feita no município sergipano de Canindé do São Francisco.

Repudiado em duas eleições consecutivas pelos canindenses, que enxergaram nele exatamente o que ele é, um ser ávido por integrar-se às entranhas do poder, Paulo de Deus resolve voltar e candidatar-se à cadeira executiva de Paulo Afonso como se fora o eleitorado Pauloafonsino uma espécie de admirável gado novo.

Pautado em um modelo de gestão centralizadora Paulo de Deus administra uma instituição pública como se fosse um CEO. Suas ações são monolíticas e seu governo não passa de um agente unitário.

O Establishment ao qual Paulo de Deus está arraigado não traz em si qualquer espírito público, mas apenas e tão somente o autointeresse.

O ouro de tolo que se encontra nas platitudes de Paulo de Deus já não empolga mais o eleitorado pauloafonsino; seu discurso não se renovou, bem como sua antivisão de cooperação social.

Não basta se arvorar sob a égide propagandística dos inúmeros elefantes brancos que construiu em sua elitizada administração, é preciso muito mais para que o eleitor se esqueça das ações discricionárias que afugentaram empresas como a Schincariol e Mabel.

O controle, a regulação, a burocratização e a supervisão de todas as esferas sociais e políticas, que sufocam a tudo e a todos, são marcas registradas do arrivista Paulo de Deus. Por essas e por outras foi inevitável sua proscrição de Canindé, cidade do seu estado natal.