Muita revolta dos indígenas que foram forçados a deixar as terras da União, segundo o Ministério Público, próximas a ponte metálica, na saída de Paulo Afonso, e não apenas deles, mas de autoridades, curiosos e representantes de entidades ligadas aos direitos humanos –  que acompanharam a ordem concedida pelo juiz federal João Paulo Pirôpo, reintegrando-a à empresa UZI Construtora.


O cacique Jailson falou com exclusividade ao repórter Carlos Alexandre e classificou a decisão de ‘arbitrária’, segue a entrevista:   ″Nós não vamos resistir porque a PRF (Polícia Rodoviária Federal) tem que fazer o trabalho deles e eles não têm culpa, a culpa é da justiça que está sendo arbitrária e injusta, querendo tiras as pessoas, as crianças de uma área que pertence à União.″   O cacique explicou que lá residiam cerca de 40 famílias, e que todos estão sofrendo: ″Nós não temos para onde ir, nós só estamos nos organizando, tirando as nossas coisas, para não machucar as crianças e assim que acabar vamos sair.″   O prazo concedido pela justiça à Funai para retirada dos índios foi de 45 dias, recurso do Tribunal Regional Federal da 1º Região, que havia adiado a reintegração marcada então para o dia 30 março, os índios comemoraram, mas a desocupação fora apenas protelada, não se tratava de revés no que diz respeito à propriedade e hoje foi cumprida a liminar.