A sessão, que acontecerá a partir das 14h, irá dizer se o
político será colocado no banco dos réus pelos crimes de corrupção passiva e
obstrução de Justiça
Será decidido nesta
terça-feira (17), pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), a
situação jurídica do senador Aécio Neves (PSDB-MG). A sessão, que acontecerá a
partir das 14h, irá dizer se o político será colocado no banco dos réus
pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça.
A
denúncia será analisada pelo ministro e relator do inquérito contra Aécio,
Marco Aurélio Mello, além de Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Luiz Fux. Se os ministros admitirem a acusação, uma ação penal será
aberta contra o tucano, dando abertura para o julgamento.
Apresentada pelo ex-procurador-geral da
República Rodrigo Janot e endossada pela atual chefe da Procuradoria, Raquel
Dodge, a denúncia contra o senador foi formulada no âmbito das delações
premiadas de executivos do Grupo J&F que controla a JBS, e
da Operação Patmos, deflagrada em maio de 2017.
Foram reunidas pela Polícia Federal em
ações de monitoramento as evidências de que o Aécio teria se corrompido e
trabalhado para atrapalhar investigações. Em março de 2017, um dos sócios do
J&F, Joesley Batista, gravou o pedido de 2 milhões feita pelo senador
tucano. A quantia supostamente seria para o custeio de sua defesa na Operação
Lava Jato.
Ocorrido em um hotel em São Paulo, o
encontro terminou com Joesley concordando em pagar o valor.
Em quatro parcelas de R$500,000, a quantia
teria sido passada em dinheiro vivo a um primo de Aécio, Frederico Pacheco de
Medeiros, nos dias 5, 12, 19 de abril e 3 de maio. Parte do valor ainda teria
sido repassado a Mendherson Souza Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrella
(MDB-MG).
Em filmagem feita pela PF, Frederico e
Mendherson aparecem recebendo o dinheiro das mãos do diretor de Relações
Institucionais da JBS, e também delator, Ricardo Saud. Além do senador, primo e
o ex-assessor, Andrea Neves, irmã do tucano, também foi denunciada.
De acordo com denúncia apresentada por
Janot, ela teria procurado Joesley em fevereiro de 2017 para intermediar o
encontro entre o empresário e o senador, no qual o acerto da propina foi feito.
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