Há muito tempo que o eleitor pauloafonsino assentou-se numa
cultura política de sombria tradição, qual seja: “doutorizar” seu voto. É
preciso votar em um doutor, de preferência, médico. Esse provinciano pensamento
político tem feito a roda girar em torno do próprio eixo e os mesmos políticos
revezarem seus mandatos.
Anilton Bastos já administrou Paulo Afonso por três vezes
(doze anos) enquanto Luis de Deus está
no seu segundo mandato e pretende estender ao terceiro. A maior base destes
candidatos é o fato de ambos serem médicos portanto, doutores.
Em outubro deste ano teremos eleições municipais e a
tendência é que haja uma polarização entre os doutores Luis de Deus e Anilton
Bastos.
Este espelho simétrico das eleições pauloafonsinas nos dá a
exata medida de que o eleitor não tem o mínimo conhecimento a respeito da
natureza intrínseca daquilo com o qual está lidando: o voto.
Luis de Deus e Anilton Bastos estão, ambos, ancorados em um
modelo arcaico de administração cujo ciclo clânico nos leva a um gueto
político.
Ainda que sejam “doutores” e alicerçados no pensamento
arcaico do eleitorado, os políticos acima citados correm riscos de desabarem
enquanto pilares da cena política pauloafonsino, basta olhar as redes sociais
que verão o espectro da revolta social rondando suas bases políticas.
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