O Partido Socialismo e Liberdade (Psol) entrou com a uma ação judicial contra o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) e o secretário de Comunicação da União Fabio Wajngarten, por terem postado em perfil oficial do governo uma homenagem ao major Curió, denunciado por assassinatos na Guerrilha do Araguaia.
O partido denunciou o presidente e o auxiliar do governo na Justiça Federal do DF pede a retirada da postagem do ar e fala em desvio de finalidade no uso do perfil estatal.
Curió foi recebido por Bolsonaro na última segunda-feira (4), fora de sua agenda oficial divulgada pelo Palácio do Planalto.
O major foi um dos principais responsáveis pelos assassinatos e sequestros de guerrilheiros de esquerda na região do Araguaia, nos anos 70. Em entrevistas, o militar reconheceu e apresentou documentos que indicaram a execução de 41 militantes quando eles já estavam presos e sem condições de reação.
A Comissão Nacional da Verdade incluiu Curió em seu relatório final, em 2014, como um dos 377 agentes do país que praticaram crimes contra os direitos humanos. De acordo com a comissão, o militar “esteve vinculado ao Centro de Informações do Exército (CIE), serviu na região do Araguaia, onde esteve no comando de operações em que guerrilheiros do Araguaia foram capturados, conduzidos a centros clandestinos de tortura, executados e desapareceram”. (Bahia.BA)
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