Wladimir Brito e Ingrid Emanoela

Ingrid Emanoela, esposa do prefeito de Roteiro-AL, Wladimir Chaves de Brito, está sendo acusada de agressão, ameaça, sequestro e cárcere privado contra uma jovem menor de idade. O fato teria acontecido no dia 23 de agosto, em uma chácara onde reside o gestor.

A vítima, conforme consta no boletim de ocorrência, passou o dia na praia e ao chegar em casa recebeu uma ligação de Ingrid Emanoela dizendo que precisava que jovem desse a ela uma chave do prédio onde funciona uma secretaria municipal. A menor teria a chave por trabalhar no local.

Então, a esposa do prefeito foi de carro até a casa da menor, que ao entrar no veículo foi surpreendida com a frase: “você sabe do que se trata, né?”. Ingrid disse que a jovem era amante do prefeito e que tinha provas do romance dos dois.

Ingrid e Stefania, amiga da primeira-dama, quebraram o celular da adolescente e a levaram até a casa do prefeito. A jovem só sairia do local, conforme depoimento da vítima, após confessasse ser amante do gestor.

Ela também foi ameaçada de morte pela primeira-dama. A jovem só conseguiu sair da casa após a mãe dela aparecer no local. Ao saber da situação, o vice-prefeito Alisson Reis, posteriormente, foi até a casa da vítima pedir desculpas pelo ocorrido. O caso foi relatado para o delegado Arthur César Silva Dos Santos.

VALE LEMBRAR

Suposta vítima de estupro é amparada por programa de proteção

O Fórum Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral (FNCCE), no mês de fevereiro, solicitou junto ao Ministério da Justiça, ao ex-ministro Sérgio Moro, proteção de vida à família de uma criança que teria sido abusada sexualmente pelo atual prefeito de Roteiro Wladimir Brito (PDT). Atualmente, os denunciantes do crime estão amparados pelo Programa à Proteção de Vida com a presença de agentes da Polícia Federal.

Segundo boletim de ocorrência, a mãe da vítima, uma menor de idade, teria sido abusada pelo gestor. A genitora contou à Polícia Civil que o prefeito tinha, à época, convívio com a criança desde que ela tinha 9 anos de idade. Contou também que trabalhava na Prefeitura de Roteiro e que tinha laços fortes de amizade com Brito. Na delegacia, disse que o suposto autor do crime abusou da menor em sua casa localizada no município de São Miguel dos Campos.

O fato teria ocorrido no dia 2 de maio de 2016. Ela contou que estava acontecendo uma festa na residência do prefeito, com a presença de outras menores que, inclusive, estavam ingerindo bebidas alcoólicas. “Quando a vítima estava no quarto, o autor agarrou-a forçando um beijo na boca e a obrigou fazer sexo oral”, diz trecho do boletim de ocorrência. A mãe relatou que ele ainda teria tirado a roupa da menina manipulando os seios. À época, a jovem tinha apenas 11 anos.

Em 25 de outubro de 2016, o juiz Ney Costa Alcântara de Oliveira acolheu a denúncia autorizando a investigação policial contra o prefeito Wladimir Brito sob a supervisão do Tribunal de Justiça, evidenciando que o processo deveria correr em segredo de Justiça. O caso foi parar nas mãos das delegadas Adriana Gusmão e Sheila Carvalho Dantas. Em fevereiro de 2017, o Ministério Público do Estado de Alagoas também autorizou abertura de investigação em desfavor de Wladimir Brito pela suposta prática do crime de estupro de vulnerável.

A mãe começou a achar estranho a mudança de comportamento da filha especialmente quando se negou a ter ajuda do suposto autor do crime para seu aniversário. Questionada pela mãe, a menina contou o que tinha acontecido na festa. O irmão da menor também estava no local e disse à polícia que sofreu atos de importunação ofensiva ao pudor por parte de um secretário municipal de Roteiro. A vítima relatou ainda que o prefeito a chamava de ‘princesa, ‘neguinha’ e ‘meu amor’.

Abismado com o relato do crime, o prefeito, por meio de advogado, disse que ficou chocado com a denúncia já que nunca se envolveu em evento delituoso, quiçá dessa natureza, ficando estarrecido ao tomar ciência de que todo o fato estava sendo criado pela menor com o aval de sua genitora. À Justiça, a defesa de Brito alegou que a responsável pela conclusão do laudo psicossocial descreveu que a menor, supostamente vítima, apresentou diversas versões/contradições a determinado estado clínico seu para, ao final, atestar que a menor não apresentava qualquer sintoma de sofrimento.

“Não há nos autos qualquer prova de que o requerente tenha cometido o crime descrito na denúncia. O que se observa é que a propositura da ação penal está baseada apenas no depoimento de três testemunhas: a menor, supostamente vítima; sua mãe e seu irmão”, destacou o advogado do prefeito, Felipe de Pádua. (A Notícia)