Fanática religiosa,
Damares contesta
acusação de Ciro de
que é 'bandida'

 


A ministra 
Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos, protocolou na Justiça do Distrito Federal ao final de novembro de 2020 um processo que acusa Ciro Gomes de calúnia, injúria e difamação.


Em agosto, em uma entrevista, Ciro chamou Damares de “bandida nazifascista” por ter apoiado atos de grupos da extrema-direita contra a democracia.

“Essa bandida dessa Damares, que eu sei bem o que estou dizendo, é uma bandida nazifascista. É uma bandida”, disse o ex-governador do Ceará e provável candidato à presidência da República pelo PDT.

“Sabe essa nazistinha [Sara Winter] que financia esse acampamento 300 [do Brasil], tudo uma coisa copiada dos neonazistas da Ucrânia? [...] Essa menininha era assessora da Damares”, acrescentou.

“O cara que veio insuflar as milícias aqui, que deram um tiro no peito do meu irmão, era funcionário da Damares. Aquele outro que bateu numa enfermeira, na frente do Palácio [do Planalto] era funcionário fantasma da Damares.”

Hazenclever Lopes Cancado, advogado de Damares, argumentou, na petição inicial, que Ciro Gomes ofendeu uma “pessoa pública” que é “considerada uma referência no combate à pedofilia”.

Afirmou que o dano moral foi grande porque até aquela data, 21 de agosto, mais de 110 mil pessoas tinham visto no Youtube o vídeo da entrevista onde Ciro falara sobre Damares. O vídeo aparentemente foi tirado do ar.

Ciro Gomes é conhecido pela sua retórica pesada. Contra ele há vários processos por ofensa e dano moral.

Ele já chamou o presidente Jair Bolsonaro algumas vezes de “nazista” e até agora não foi processado por isso.

Damares, de fato, abriga ou abrigou no seu ministério militantes de extrema-direita que apoiam um golpe de Estado por Bolsonaro.

Ela nunca deu uma justificativa para isso. Ela é tida como uma estrela em ascensão no território bolsonarista-raiz. Seu nome é cogitado para a ser a vice de Bolsonaro nas eleições de 2022 ou a ser indicada para disputar uma cadeira no Senado.