O youtuber Felipe Neto usou a criatividade de uma forma inusitada após um momento de ‘crise’. Após ter recebido uma intimação da Polícia Civil do Rio de Janeiro por ter chamado o Presidente de ‘genocida’, ele resolveu realizar o ‘contra ataque’. Ele está lançando um projeto que irá assumir a defesa gratuita de todas as pessoas que forem investigadas ou processadas por se manifestarem contrariamente a Jair Bolsonaro ou por expressarem uma ideia e criticarem alguma autoridade pública.

A frente “Cala a Boca Já Morreu” será integrada pelos escritórios de André Perecmanis, Augusto de Arruda Botelho, Beto Vasconcelos e Davi Tangerino, que estão entre os mais respeitados especialistas no tema.

O serviço poderá ser usufruído por qualquer indivíduo que não possua advogado constituído e que por meio de uma página na internet, poderá acionar a equipe responsável pelos encaminhamentos jurídicos.

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“A liberdade de expressão está sob ataque de uns poucos, porém violentos inimigos da democracia brasileira. Querem calar aqueles que criticam autoridades públicas, eleitas pelo povo, e em cujo nome exercem o poder que têm. E para isso, se armam da Lei de Segurança Nacional, herança insepulta da Ditadura. O autoritarismo é como um vírus, que vai se espraiando pelo corpo, matando-o aos poucos. A democracia, todavia, conhece várias vacinas. Uma delas é o controle pelo Judiciário dos avanços ilegais; um outra é a solidariedade. Aquele sentimento humano profundo, que faz sentir a dor do outro como sua”, destaca o texto da página do movimento na internet.

“Cala Boca Já Morreu é um grupo da sociedade civil preocupado com o avanço no autoritarismo e movido pelo seguinte princípio: quando um cidadão é calado no exercício do seu legítimo direito de expressão, a voz da democracia se enfraquece. Não podemos nos calar; não podemos deixar calar. Se você está sendo investigado criminal ou administrativamente por ter expressado uma ideia ou criticado uma autoridade pública, e não encontrou meios, públicos ou privados, para se defender, o Cala Boca Já Morreu vai ajudar na sua defesa e, se o caso, provocar o Ministério Público competente para apurar eventual abuso por agente público.”, finaliza a descrição.

A sequência de investidas policiais levou Felipe Neto, que tem 41,5 milhões de seguidores no YouTube e 13,1 milhões no Twitter, a idealizar o projeto que já tem site no ar.