O evento acontecerá nos dias 11, 12 e 13 de abril em Delmiro Gouveia


O Grupo de Estudo Oeste Alagoano: ampliando Olhares (GEOAL), em parceria com a Especialização em História de Alagoas do Instituto Federal de Alagoas (Ifal-Sertão) e O Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (Neabi) do Campus do Sertão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), anunciam a realização do Seminário Abril Indígena do Oeste Alagoano: Lutas e Novas Conquistas.

O Seminário vai acontecer de 11 a 13 de abril, no Campus do Sertão da Ufal. O evento conta com a parceria do Governo do Estado de Alagoas, através a Secretaria de Estado da Cultura e de Economia Criativa de Alagoas, Secretaria de Estado da Comunicação de Alagoas, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL), Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esportes de Delmiro Gouveia; Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), e Comissão Indigenista Missionária (Cimi).

O credenciamento começará às 15h do dia 11 de abril. Às 19h, será realizada a apresentação cultural do povo Kalankó, do município de Água Branca. Em seguida, a mesa de abertura terá como representantes da Ufal, o professor Thiago Trindade, da direção do Campus Sertão da Ufal; Flávio Moraes, do Neabi Ufal Sertão; Flávia Jorge de Lima, diretora acadêmica; Ivamilson Barbalho, Editora da Ufal (Edufal) e os professores Cícero Albuquerque e Francisca Vasconcelos.  A mesa de abertura ainda contará com a presença do professor Edvaldo Nascimento (GEOAL), o professor Amaro Leite (Especialização em História de Alagoas-IFAL), Tanawy Xukuru-Kariri ( APOINME), Cássio Junior ( secretário de Cultura de palmeira dos Indios), Thais Katokinn ( representante de professores/as indígenas), Melina Freitas ( Secretária de Cultura do Estado de Alagoas) e Daniela Oliveira (CIMI). 

Representantes das comunidades indígenas estão presentes na programação do seminário, participando das mesas, como a professora Thais Katokin, além de lideranças dos povos Xukuru-Kariri, Jiripankó, Karuazu, Koiupanká e Tingui-Botó. Haverá uma homenagem às memórias da Cacique Nina e do professor Luiz Sávio de Almeida. 

Flávio Moraes destaca a importância do evento. “É um marco para essa região, pela quantidade de instituições envolvidas e pela representatividade dos povos indígenas que vivem no entorno de Delmiro Gouveia, além daqueles que são próximos, no estado de Pernambuco. Não é um seminário apenas acadêmico. A Universidade também tem que apoiar as lutas atuais destes povos. Nesse sentido, é fundamental que eles tragam suas reivindicações e histórias para serem debatidas na Acadêmia”, ressalta.

Para o diretor geral do Campus do Sertão, Thiago Trindade, que também faz parte da coordenação do Abril Indígena, o evento ratifica o papel extensionista do Campus do Sertão da ufal, além de fortalecer as relações interinstitucionais, com as outras entidades organizadoras. “Muito nos honra trazer para o Campus do Sertão o debate e a mobilização em defesa dos povos indígenas: das suas terras, da sua cultura, especialmente dos povos do oeste alagoano. É fundamental oportunizar esse debate com estudantes universitários e da educação básica”, conclui o diretor.

O professor Edvaldo Nascimento, Integrante do GEOAL, afirma que “Estudar os povos originários do Sertão é fundamental para compreender a formação histórica de Alagoas”.  E o professor Amaro Hélio Leite da Silva – Coordenador do curso de Especialização em História de Alagoas- Ifal Maceió diz “A história do povo sertanejo ainda é pouco conhecida ou, quando muito, maltratada pela historiografia oficial. Embora tenha crescido o interesse acadêmico nos últimos anos, os estudos e pesquisas ainda são raros sobre essa região, sobretudo quanto aos povos indígenas. Estes foram (e ainda são) fundamentais na constituição do povo sertanejo, na organização política dos trabalhadores e na utopia de uma sociedade do bem viver, livre e solidária. Daí a importância do Abril Indígena dos Povos do Oeste Alagoano, para refletirmos sobre as formas de organização desses povos – sociabilidades, culturas e resistências políticas – como parte fundamental da nossa própria sociedade alagoana e brasileira”.