A perspectiva é que, mantido o favoritismo de Elmar, a tensão entre o governo e a Câmara deve permanecer no mesmo nível dos embates intensificados ao longo dos últimos meses

                                                    Foto: Assessoria/ Câmara dos Deputados




Nos bastidores, lideranças ligadas ao Palácio do Planalto têm feito uma movimentação para evitar que o deputado federal Elmar Nascimento (União-BA) se consolide como única aposta viável do grupo para suceder do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), segundo o Jornal O Globo. A perspectiva é que, mantido o favoritismo de Elmar, a tensão entre o governo e a Câmara deve permanecer no mesmo nível dos embates intensificados ao longo dos últimos meses, ou seja ele será um problema um futuro a ser resolvido.

Diante disso, o integrante do União chegou a ser cotado para ocupar uma cadeira na Esplanada dos Ministérios no processo de aproximação com o partido de oposição, que já ocupa três cadeiras no governo Lula, entretanto seu nome acabou rejeitado pelos núcleos mais ligados ao petismo baiano, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Desde então, Elmar é apontado mais fortemente como o nome do atual presidente da Câmara no processo de sucessão, ainda que Lira tenha dito que não houve uma definição de quem deve representá-lo em fevereiro de 2026, quando a nova mesa diretora será formada, ao mesmo tempo em que acumula a liderança do próprio partido na Câmara – o que ampliou a musculatura política do baiano.

Além de Elmar, o deputado Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, seria tratado como um candidato mais palatável e vive um momento de aproximação com o governo. Ele acompanhou Lula em uma visita recente ao Guarujá e iniciou um diálogo que o potencializaria como um nome com aval de Lira e possibilidade de conversas com o Planalto

Na lista de possibilidades, aparecem o também baiano Antônio Brito (PSD), que conta com o apoio do próprio partido e esteve recentemente em reuniões com o Planalto, e Isnaldo Bulhões (MDB), que também é visto como uma possibilidade de aproximação com Lula. Ambos são líderes dos próprios partidos e são cotados com frequência como alternativas menos à direita que Elmar e Pereira.

A publicação coloca ainda duas opções como espécie de plano B (ou C e D): Hugo Motta (Republicanos-RJ) e Doutor Luizinho (PP-RJ). Ambos possuem interlocução com Lira, mas também se aproximam do Planalto, gerando menos tensões do que a eventual consolidação de Elmar como candidato único à sucessão da Câmara.


Por bahia.ba