A Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) extinguiu, na terça-feira (21), a pena de corrupção passiva contra ele



Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ex-ministro José Dirceu afirma que ainda não decidiu se vai disputar um cargo eletivo nas eleições de 2026. A Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) extinguiu, na terça-feira (21), a pena de corrupção passiva contra ele.

Dirceu adianta que a definição ocorrerá após uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a direção do PT. A decisão desta terça-feira favorece a possibilidade de Dirceu voltar a disputar eleições em 2026. Para recuperar a elegibilidade, no entanto, ainda seria preciso derrubar outra condenação da Lava-Jato, que tem um recurso para ser analisado no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A defesa aposta que o entendimento do Judiciário será o mesmo.

Dirceu teve o mandato de deputado federal cassado em 2005, no escândalo do mensalão. Em 2016, o ex-ministro recebeu um indulto e teve a pena perdoada. "Fui cassado por razões políticas e sem provas. Sofri processos kafkianos. Seria justo voltar à Câmara", afirma ele. "Mas só vou tomar essa decisão no próximo ano. Neste momento, há outras prioridades políticas a serem enfrentadas."

No âmbito de processos da Operação Lava-Jato, Dirceu foi preso em 2015, 2018 e 2019 e foi solto três vezes por decisões do STF. A prescrição da corrupção passiva ocorre 12 anos após a ocorrência do crime. Entretanto, esse prazo cai pela metade quando o réu tem mais de 70 anos — o que é o caso de Dirceu na época de sua condenação nesse caso.



Por Metro 1