Paulo Afonso vive um momento político Sui generis. Apesar de toda inação do governo de Anilton Bastos e, por conseqüência, sua ampla rejeição, estamos a cinco meses das eleições municipais e ainda não há um candidato de consenso das oposições. O PSB muito timidamente tenta fazer eco em torno do nome do vereador Celso Brito, já foi ventilado o nome do ex-delegado, Antônio Martins pelo PP, Raimundo Caíres não consegue desvencilhar-se do imbróglio jurídico da ficha limpa e o PT, mais parece a casa da mãe Joana onde muitos mandam e ninguém obedece. Por um lado o deputado Paulo Rangel tenta persuadir a legenda a apoiar Anilton, por outro o partido deseja lançar candidatura própria e para piorar o angu-de-caroço, os trabalhadores ainda têm que aturar o ex-secretário municipal de saúde que se revela uma verdadeira “Diana”, aquela do pastorinho que diz “... não tenho partido, o meu partido são os dois cordões...”

Com todo esse amadorismo, para usar aqui um eufemismo, a oposição está fadada a um vôo de galinha para o pleito de outubro, emaranhando-se na sua teia de incompetência, vaidade e egoísmo, pois cada um só olha para seu umbigo e esquecem de que quem não quer quando pode, não pode quando quer.

O PCdoB lançou recentemente o plausível nome de Sônia Caíres, mas o rancor pepista aliado a um sonho de Ícaro psbista, que ingenuamente acredita na possibilidade de um vôo mais alto do vereador Gilson Fernandes, impedem a união em torno do único nome que, no impedimento de Raimundo Caíres, pode fazer frente ao atual gestor municipal mesmo este estando a ponto de beijar a lona, pois não se pode, em hipótese alguma, subestimar a máquina pública.