Há quase um ano e meio o prefeito Anilton Bastos fechou a maternidade do Hospital Municipal de Paulo Afonso ignorando as necessidades básicas da comunidade do bairro Tancredo Neves. A prefeitura ignorou um levantamento feito por ela mesma - através da Secretaria Municipal de Saúde – que apontava um déficit no número de leitos de obstetrícia, mas ainda assim os moradores do BTN foram penalizados restando-lhes apenas o Hospital Nair Alves de Souza no centro da cidade.

Uma consulta popular realizada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), mostrou que 99,5% dos moradores do BTN pesquisados, eram contra o fechamento da maternidade, entretanto o fato se mostrou irrelevante para o gestor municipal que, sumariamente, fechou a maternidade indiferente aos anseios dos moradores daquela comunidade.

A enorme rejeição do prefeito no Tancredo Neves é o indicativo maior de que o tiro saiu pela culatra e que algo é preciso ser feito urgentemente para tentar reverter sua delicada situação naquele imenso colégio eleitoral.

Astuto, o gestor municipal vê como a luz no fim do túnel o programa do governo federal “Rede Cegonha” que garante, entre outras benesses, ampliação do acesso, acolhimento e melhoria da qualidade do pré-natal; Transporte tanto para o pré-natal quanto para o parto; acompanhante no parto, de livre escolha da gestante e atenção à saúde da criança de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade.

O programa será subsidiado quase que integralmente pelo Ministério da Saúde com exceção dos leitos, cujo custeio será de 80% para ampliação e qualificação.

É preciso ressaltar que o Rede Cegonha, que será implantado em todo território Nacional, obedecerá a critérios epidemiológicos e de densidade populacional o que significa que Paulo Afonso estará no fim da fila e que, portanto, deverá aguardar um bom tempo.