Parece não ter fim a ociosidade do imenso terreno que pertence ao Exército Brasileiro e que fica localizado no centro da cidade. Em abril de 2009, portanto há três anos, a prefeitura, a 1ª Companhia de Infantaria, a Uneb, ONGs e entidades civis reuniram-se com o propósito de encontrar uma solução para o problema. Houve resistência por parte da Uneb que alegou ser preciso preservar a área uma vez que ali se encontra o bioma caatinga que é um sistema pobre em biodiversidade quando comparado a outros ecossistemas brasileiros.

Durante a reunião pouco ficou acertado, mas o então comandante da 1ª Companhia de Infantaria, capitão Bortoluzzi, disse que já havia conversado com prefeito Anilton Bastos e que lhe havia passado as ações que deveriam ser executadas.

Segundo o capitão não existia qualquer empecilho para que a área fosse repassada à prefeitura, mas apenas aspectos legais e que, portanto, a prefeitura devia juntar-se à sociedade civil e pensar em uma proposta para que esta fosse levada aos seus superiores. Segundo comandante na cessão da área ao município deveria haver uma compensação “é possível haver essa manobra patrimonial sem nenhum prejuízo para ambas as partes”, afirmou o comandante.

Esta área ao que parece não é prioridade para o executivo, pois os gestores nunca concentraram esforços na solução do problema o que não dá para entender uma vez que ela fica no centro da cidade e muito se poderia fazer ali. O exército sempre manifestou interesse em se desfazer da área, entretanto não pode também simplesmente doá-la. Há poucos anos a 1ª Companhia de Infantaria enviou proposta de venda ao empresário José Rudival, que não demonstrou qualquer interesse em comprá-la.

É preciso que se crie um grupo gestor formado por representantes do Executivo e da Câmara Municipal, advogados, associações, entidades da sociedade civil, entre outros para elaborar um plano de metas para aquela área no qual estejam inseridas propostas que possam melhorar a vida da comunidade e promover o desenvolvimento do município. É preciso priorizar a utilização das áreas urbanas ociosas em benefício da expansão.

A área do exército na verdade não passa de um grande latifúndio urbano subutilizado e sem nenhuma perspectiva de ajuste para o desenvolvimento da cidade. As pessoas que moram em torno daquela área reclamam do lixo que ali se acumula e se torna ambiente propício para o mosquito da dengue. Outro tormento para os moradores é o o grande número de usuários de drogas que frequenta o local.

Antes de deixar o comando da 1ª Companhia de Infantaria, o capitão Bortoluzzi disse que só depende do Poder Executivo para solucionar o problema da ociosidade daquele terreno uma vez que o exército está disposto a repassá-lo à prefeitura, mas gostaria que em troca a prefeitura revitalizasse a vila militar.