Poucas vezes eu vi tamanha insatisfação com um nome previamente lançado a um cargo eletivo como se apresenta, atualmente, a indicação do vereador Gilson Fernandes à prefeitura. Assim como todo jogador de futebol aspira a uma convocação para o escrete nacional, também todo político deseja uma cadeira executiva, mas assim como o futebol um jogador mal convocado desperta a ira e insatisfação dos torcedores, o mesmo ocorre na política quando um nome indicado por uma ou mais agremiações não é de interesse popular.

Por mais que o PSB e o PP queiram fazer de Gilson Fernandes o Senhor dos Anéis, o nome do vereador parece não ter caído nas graças do povo. Talvez o vereador Gilson não seja uma pessoa impopular, mas o momento político sugere um nome de mais apelo popular, que desperte no eleitorado senão a certeza da vitória, a possibilidade de ao menos por ela brigar.

No lançamento da pré-candidatura de Gilson Fernandes ficou muito visível a insegurança dos seus próprios correligionários quanto à possibilidade dele aglutinar forças em torno do seu nome. Em cada fala dos oradores pairava no ar, ainda que de forma subliminar, a incerteza da escolha.

Já a pré-candidata do PCdoB configura-se como uma verdadeira antítese de Gilson Fernandes, Sônia Caíres - desde que teve seu nome divulgado pela executiva do partido - se fortalece a cada novo dia com uma surpreendente aceitação popular.

Comenta-se à boca miúda que o PCdoB teria formalizado convite para compor a chapa como vice de Sônia Caires o popular e incansável defensor dos menos favorecidos, padre Alberto. Caso se confirme tal convite, o PSB e o PP precisariam rever urgentemente seus conceitos.