A abertura de tomada de conta e bloqueio de bens por parte do
TCU, segundo o MPF, tem como objetivo mensurar os prejuízos à União causados
Os
procuradores da força-tarefa Greenfield, do Ministério Público Federal no
Distrito Federal, pediram ao Tribunal de Contas da União (TCU) a instauração de
um processo de fiscalização e o bloqueio de cerca de R$ 6 bilhões de pessoas
físicas e jurídicas investigadas nas operações Sépsis, Cui Bonoe Patmos.
Os ex-ministros Geddel
Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha
estão entre os alvos das operações citadas pelo MPF.
Segundo o MPF, o bloqueio
de bens também deve mirar o MDB, partido dos principais investigados nas
operações.
“No caso específico, em que
há a demonstração cabal de direcionamento de parte dos recursos a campanhas
políticas (de 2010 a 2014, inclusive) de membros de renome nacional do PMDB
(aqui se destacam as campanhas presidenciais), a constrição patrimonial e
financeira deve atingir o maior beneficiário das demandas e dos recebimentos
ilícitos aqui descritos, qual seja, o antigo PMDB, atual MDB”, afirmam os
procuradores no ofício que será encaminhado ao TCU.
A abertura de tomada de
conta e bloqueio de bens por parte do TCU, segundo o MPF, tem como objetivo
mensurar os prejuízos à União causados pelos crimes praticados dos integrantes
do MDB da Câmara dos Deputados na Petrobras, Furnas, Ministério da Integração
Nacional, Caixa, Secretaria de Aviação Civil, Ministério da Agricultura e
Câmara dos Deputados.
De acordo com o MPF, “resta
claro que inúmeras pessoas, físicas e jurídicas, foram beneficiadas com o
esquema ilícito de pagamento e arrecadação de propina, que tem,
indubitavelmente, como causa e consequência simultâneas, a manutenção do poder
político pelo mesmo grupo criminoso, deturpando a lógica do sistema
democrático”.
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