Só a rejeição das contas do prefeito pelo Poder Legislativo pode torná-lo inelegível. E foi exatamente isso que aconteceu na sessão ordinária desta segunda-feira (22), na Câmara Legislativa de Paulo Afonso.  Para a maioria dos vereadores Anilton Bastos (PODEMOS), ex-prefeito de Paulo Afonso-BA, agiu como ordenador de gastos e prevaricou na gestão contábil, operacional e financeira.

Muitas foram as faltas de Anilton que pesaram na decisão dos vereadores, entre as quais uma sindicância do Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Paulo Afonso no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) que apurou um desvio de  1,2 milhão de reais na gestão do prefeito de acordo com o vereador Mário Galinho (SOLIDARIEDADE).

Na avaliação dos vereadores pesou também contra Anilton Bastos o fato do ex-prefeito não ter encaminhado ao Tribunal de Contas dos Municípios um contrato no valor de R$ 27.180.000,00 firmado com a Cooperativa de Trabalho nas Atividades das Áreas de Saúde, Promoção e Desenvolvimento Humano – COONECTAR.

Com a decisão da Câmara de Vereadores, Anilton Bastos fica inelegível por oito anos.  Bastos foi candidato a Deputado Estadual no pleito deste ano e foi o mais votado entre os candidatos da região com 39.342 votos. Sem dúvidas saiu das eleições muito mais forte do que entrou e deve abocanhar muitos cargos do governo estadual.

As eleições do último sete de outubro apontaram Anilton Bastos como um fortíssimo candidato a retornar à cadeira  executiva municipal, todavia a Câmara Legislativa do município pôs fim nesse, agora, utópico sonho.

Mas se serve de consolo para Anilton Bastos, o ex-prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho (PCdoB), que foi condenado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em maio de 2016 a cinco anos de inelegibilidade, disputou o pleito deste ano e terá seus votos contabilizados após uma medida cautelar que suspendeu os efeitos da decisão que o condenou.    

Com informações do portal pa4.com.br