General da reserva disse ainda que o governo sabia desde 28 de dezembro que a crise avançava no estado, mas que preferiram esperar a transição de prefeitos





O general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, recém-nomeado no Ministério da Saúde para o Departamento de Logística, afirmou na quinta-feira (28), em reunião da comissão externa do coronavírus na Câmara dos Deputados, que há 600 pacientes em Manaus que podem “morrer na rua”.

De acordo com o assessor de Eduardo Pazuello, pacientes com Covid-19 estão na fila de atendimento do sistema de saúde do município e “vão morrer na rua” caso evoluam para quadros graves.

A capital do Amazonas enfrenta um colapso no sistema de saúde por conta do avanço desenfreado dos casos de Covid-19. A cidade também sofre com falta de oxigênio para atender os doentes. Mais de 30 pessoas morreram por falta de oxigênio nos dias 14 e 15 de janeiro.

Na reunião na Câmara, Fernandes enfatizou que o maior problema do município está na falta de oxigênio. “Abre o leito, bota o paciente e ele vai morrer asfixiado no leito. E aí, vai adiantar abrir o leito?”, questionou.

O assessor também confessou que o governo federal sabia desde 28 de dezembro que a crise avançava no estado, mas que preferiram esperar “alguns dias” a transição de prefeitos.