Ministério afronta a Justiça
para favorecer Valdemiro


O Ministério da Saúde tem se recusado a cumprir ordem judicial para esclarecer em seu site que os ‘feijões milagrosos’ de Valdemiro Santiago não curam a Covid-19. O pastor é bolsonarista.


Em outubro de 2020, o Ministério Público Federal obteve uma liminar da 5ª Vara Cível da Justiça Federal de São Paulo para que o Ministério da Saúde publicasse o esclarecimento.

A Justiça já tinha mandado que o pastor retirasse da rede social os vídeos que sugeriam a cura pelo 'feijão ungido', pedindo, em troca, uma "colaboração" dos fiéis. 


O líder da Igreja Mundial foi multado em R$ 300 mil e não há informação se já a pagou ou se entrou com algum recurso.

A sentença determinou que a União informasse no "site do Ministério da Saúde, em caráter contínuo, de forma cuidadosa e respeitosa, neutra, limitando-se a informar se há ou não eficácia comprovada do artefato (sementes de feijão / feijões) não que tange à Covid-19".

O Ministério da Saúde publicou um alerta, mas o deletou dias depois, por ordem, especula-se, de Bolsonaro.

Uma nova decisão da Justiça Federal, de 1º de janeiro de 2021, determinou que o Ministério da Saúde inclua "referência expressa à 'feijão' e 'sementes de feijão' nos exatos termos na medida deferida."

O prazo para o cumprimento da ordem judicial vence hoje, 5 de janeiro.