De volta ao Brasil após quase dois anos morando nos Estados Unidos, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub teve uma recepção tímida no aeroporto neste sábado (15). Um grupo de cerca de 30 pessoas esperava o ex-chefe da pasta e seu irmão, Arthur Weintraub.

Abordado pelo jornalista Samuel Pancher, do Metrópoles, Abraham se recusou a responder se ainda era a favor da prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme disse em reunião ministerial de 22 de abril 2020.

Quando questionado pela primeira vez pelo jornalista, ele apenas respondeu que achava que Luiz Estevão, dono do site Metrópoles, deveria se explicar. Depois, fugiu de Pancher.

O ex-ministro, que já chegou a admitir que saiu do Brasil por causa do inquérito dos atos antidemocráticos, do qual era alvo, afirmou ao jornalista que deixou o país porque o “Brasil perdeu graus de liberdade”. “Hoje não podemos mais falar que é uma democracia plena”, afirmou.

Assista aos vídeos:

Fuga dos EUA e disputa ao governo de São Paulo

Weintraub deixou o Ministério da Educação em junho de 2020, logo após o STF ter decidido mantê-lo entre os investigados no inquérito dos atos antidemocráticos, agora arquivado. À época, ele confessou que estava indo para os Estados Unidos com o intuito de evitar ser preso.

Ele já havia anunciado a saída do governo, mas sua exoneração foi publicada somente depois que ele entrou no país. Ou seja, a oficialização de sua demissão foi retardada para que ele pudesse sair do Brasil utilizando o passaporte diplomático de ministro.

Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, o antigo chefe do MEC, quer de qualquer forma disputar o cargo de governador de São Paulo em 2022. No entanto, Jair Bolsonaro (PL) estaria apostando todas as fichas na corrida ao Palácio dos Bandeirantes em seu atual ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.(revistaforum.com.br)