O empréstimo, feito no Banco de Brasília (BRB), tinha prazo de 30 anos ou 360 meses, mas o senador zerou o débito do imóvel em 37 meses



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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pagou R$ 3,4 milhões para quitar
antecipadamente o financiamento que contraiu na compra de uma mansão no Lago Sul, bairro nobre da capital federal. O empréstimo, feito no Banco de Brasília (BRB), tinha prazo de 30 anos ou 360 meses. Mas o senador zerou o débito do imóvel em 37 meses.

Com 1.100 m2, a casa foi adquirida em 2021 por R$ 6,1 milhões. O senador pagou à vista R$ 2,9 milhões – segundo ele, com o dinheiro da venda de um apartamento na Barra da Tijuca. O restante foi financiado junto ao BRB. Flávio Bolsonaro passou a ter que pagar prestação mensal de R$ 18.744,16.

A quitação da dívida imobiliária foi feita com seis pagamentos extras – que variaram entre R$ 198 mil e R$ 997 mil e somaram R$ 3,4 milhões. O último pagamento ocorreu em março deste ano. A mansão de Flávio tem piscina, jardim planejado, academia, espaço gourmet e cinco suítes. Procurado pela reportagem, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que todos os recursos têm origem lícita. Não detalhou, porém, a origem do dinheiro.

“A quitação da dívida com o BRB só comprova que o banco não me emprestou dinheiro por causa de meus olhos verdes, mas sim porque eu tinha capacidade de honrar com os pagamentos. Além da atividade parlamentar, sou empresário e advogado. Para a decepção de quem torce contra, todos os recursos, como sempre, são lícitos e fruto do suor de meu trabalho”, disse Flávio, em nota.

O BRB disse em nota que não comenta casos de clientes em função do sigilo bancário, mas que “adota os procedimentos previstos na regulamentação relativos a controles internos, gestão de riscos e prevenção à lavagem de dinheiro”.

As informações constam em uma ação popular movida pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF) contra o BRB e Flávio Bolsonaro, para investigar suspeitas de favorecimento ao senador na concessão do empréstimo. Ao Estadão, Kokay disse que representará para que o Ministério Público investigue as circunstâncias da quitação do imóvel por parte de Flávio Bolsonaro.

Fonte: Agência Estado