No
ano em que a Música Popular Brasileira completa cinquenta anos, infelizmente
não temos muito o que comemorar. Atravessando um dos piores momentos da sua
história, a MPB sofre com músicas e letras insipientes, além de viver uma crise
de intérpretes.
Se
no momento em que o país atravessou um dos momentos mais cruciais da sua história
surgiram canções que estão gravadas até hoje no inconsciente coletivo como: “Alegria,
alegria”, “Ponteio”, “Disparada”, “Roda Viva” e “Domingo no Parque”, atualmente
nós vivemos o avesso do avesso. E qual seria a resposta para a degringolada da
música brasileira?
É
simples: calcados no colonialismo cultural brasileiro, os mais diversos e
asquerosos gêneros musicais tais como: sertanejo, pagode, axé, funk e
congêneres se espalham como vírus alavancados pelos novos padrões de mídia
eletrônica de massa.
Os
adeptos desses bisonhos gêneros musicais e suas inaudíveis canções mantêm-se
aparvalhados com essa linha de produto midiático que nada mais é do que um símbolo
de consumo massivo.
Até
acho que faltou sensatez a Ed Mota em suas recentes declarações sobre seus shows na Europa, mas não posso, em
hipótese alguma, acusá-lo de arrogante e preconceituoso por dizer que a música
é um trabalho que deve ser realizado com seriedade.
As
contundentes críticas impingidas a Ed Mota por aqueles que não concordam com
essa afirmação fazem coro à mediocridade dos que acham que a música deve
flertar com as asneiras, ignorância e idiotismo de “músicas” como muriçoca,
cujo autor dever ter o cérebro localizado no aparelho digestivo.
É
uma pena que nos seus cinquenta anos a MPB esteja “caminhando contra o vento,
sem lenço, sem documento” sujeita a vontade de um pai que é foda e de um filho
que é fodinha.
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