Familiares acreditam   que Michela perdeu
lugar no paraíso

O Tribunal de Tivoli (Itália) condenou o médico G.G a dois meses de prisão por ele tentar salvar com transfusão de sangue uma mulher seguidora das Testemunhas de Jeová — religião que não aceita esse procedimento.


A juíza Chiara Pulicati dispensou G. L. de cumprir a pena, mas a condenação permanecerá na ficha criminal dele.

O médico terá de pagar uma indenização à família. O valor ainda não foi definido.

Em 2013, familiares de Michela, 36, levaram-na às pressas para o Hospital São João Evangelista de Tivoli porque ela estava com insuficiência respiratória grave.

A paciente expressou decisão de não ser submetida a uma transfusão de sangue, mas o médico recorreu ao procedimento com última tentativa de salvá-la.

Michela morreu quando recebia o quinto saco de sangue.

Seus familiares e amigos pertencentes às Testemunhas de Jeová acreditam que ela foi perdeu a chance de ficar do lado de Jesus por ter recebido sangue, mesmo a decisão não sendo dela.

A condenação foi anunciada no dia 1º de outubro de 2020. Como ja havia uma sentença semelhante, está se firmando na Itália uma jurisprudência que se choca com o juramento que os médicos fazem de salvar vidas.