O ex-ministro tem dificuldades para fechar alianças e não consegue vestir o figurino da terceira via.


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Por Lauriberto Pompeu

A campanha do ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência, enfrenta cada vez mais obstáculos. Ciro tem dificuldades para fechar alianças, não consegue vestir o figurino da terceira via e também não encontrou um vice para sua chapa. Agora, a cúpula nacional do PSB - partido que apoia a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e tem Geraldo Alckmin como vice - proibiu o diretório no Rio Grande do Sul de dar palanque para Ciro.

A decisão foi tomada porque o ex-deputado Beto Albuquerque, pré-candidato do PSB ao Palácio Piratini, não só está em rota de colisão com o PT como quer se aliar a Ciro, de quem por pouco não foi vice na eleição de 2018. "O PSB é um partido, não uma coleção de individualidades", reagiu o presidente do PSB, Carlos Siqueira. "Em todo o País, a chapa será Lula e Alckmin. Isso é uma decisão irrevogável do congresso do partido", afirmou ele.

Albuquerque disse não considerar justa a cobrança de um palanque para Lula no Rio Grande do Sul porque o PT mantém o plano de lançar o deputado Edegar Pretto ao governo do Estado. Afirmou, ainda, que Siqueira não pode vetar o apoio a Ciro. "Quem decide é a direção nacional", resumiu. Apesar desse revés, o diretório da Rede no Rio Grande do Sul aderiu à campanha de Ciro. Na semana passada, a ex-senadora Heloísa Helena, uma das principais líderes do partido, disse que estará com o ex-ministro. A Rede compõe a aliança de Lula, mas liberou palanques para Ciro.

Fonte: Agência Estado